terça-feira, 27 de novembro de 2012

Princípios Educativos da creche - Gabriela Portugal

A creche, numa fusão constante de cuidados e educação, pode promover experiências na vida da criança, desenvolvendo e facilitando a sua aprendizagem através das interacções com o mundo físico e social.

Na creche o principal não são as actividades planeadas, ainda que adequadas, mas sim as rotinas e os tempos de actividades livres. As crianças muito pequenas não se desenvolvem bem em ambientes “escolarizados”, onde realizam actividades em grupo dirigidas por um adulto, mas em contextos calorosos e atentos às suas necessidades individuais.

Os bebés e as crianças muito pequenas precisam de atenção às suas necessidades físicas e psicológicas; uma relação com alguém em quem confiem; um ambiente seguro, saudável e adequado ao desenvolvimento; oportunidades para interagirem com outras crianças; liberdade para explorarem utilizando todos os seus sentidos.


Princípio 1 – envolver as crianças nas coisas que lhes dizem respeito
A criança e o adulto devem estar totalmente presentes e envolvidos numa mesma tarefa – o principal objectivo da educadora é de manter a criança envolvida na interacção (por exemplo: muda de fraldas, vestir, despir, … são tempos educativos).

Princípio 2 – Investir em tempos de qualidade procurando-se estar completamente disponível para as crianças
O tempo de qualidade constrói-se numa rotina diária. A educadora deve estar totalmente presente, atenta ao que se passa, valorizando o tempo que está junto da criança.

Princípio 3 – aprender a não subestimar as formas de comunicação únicas de cada criança e ensinar-lhe as suas
Durante a interacção a educadora deve articular actos com palavras.

Princípio 4 – Investir tempo e energia para construir uma pessoa “total”
Deve-se trabalhar simultaneamente o desenvolvimento físico, emocional, social e cognitivo.
São o dia-a-dia, as relações, as experiências, as mudas de fraldas, as refeições, o treino do controlo dos esfíncteres, o jogo, … que contribuem para o desenvolvimento intelectual. Estas mesmas experiências ajudam a criança a crescer física, social e emocionalmente.

Princípio 5 – Respeitar as crianças enquanto pessoas de valor e ajudá-las a reconhecer e a lidar com os seus sentimentos
A educadora deve respeitar a criança, respeitando os sentimentos da criança e o direito de ela os expressar. A educadora deve dar apoio sem exagerar e estar disponível.

Princípio 6 - Ser verdadeiro nos nossos sentimentos relativamente às crianças
A educadora deve verbalizar os seus sentimentos e ligá-los claramente com a situação e impedir a criança de continuar a fazer o que provocou esses sentimentos.
Não se deve culpabilizar a criança como causa do nosso mal-estar – a criança não é “má”, certos comportamentos é que são inaceitáveis.

Princípio 7 – Modelar os comportamentos que se pretende ensinar
A educadora deve funcionar como modelo de comportamentos aceitáveis tanto para crianças como para adultos dando exemplos de cooperação, respeito, autenticidade e comunicação.
Quando a situação envolve agressividade, a educadora deve modelar com gentileza o comportamento que pretende ensinar:
 O agressor necessita de ser controlado com gentileza – não se deve julgar
 A vítima necessita de ser tratada com empatia (compreender a sua perturbação) – simpatia e grande quantidade de atenção podem recompensar as vítimas (aprendem que ao serem vítimas recebem amor e atenção do adulto)

Princípio 8 – Reconhecer os problemas como oportunidades de aprendizagem e deixar as crianças tentarem resolver as suas próprias dificuldades
A educadora deve deixar os bebés e as crianças lidar com os seus problemas na medida das suas possibilidades – deve dar tempo e liberdade para resolver problemas.

Principio 9 – Construir segurança ensinando a confiança
Para que a criança aprenda a confiar, necessita de poder contar com adultos confiáveis. Necessita de saber que as suas necessidades serão satisfeitas dentro de um período de tempo razoável.

Princípio 10 – Procurar promover a qualidade do desenvolvimento em cada fase etária, mas não apressar a criança para atingir determinados níveis desenvolvimentais
O desenvolvimento não pode ser apressado. Cada criança tem um relógio interno que determina o momento de gatinhar, sentar, andar, falar. É mais importante aperfeiçoar competências do que desenvolver novas competências. As novas competências surgirão naturalmente quando a criança já praticou suficientemente as antigas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Manual da Qualidade - Segurança Social

Grande parte das IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) encontram-se a implementar, ou pelo menos a tentar implementar, o dito "Manual da Qualidade".
Este é um documento da Segurança Social, que tem como objectivo a avaliação da qualidade das IPSSs em todas as suas respostas sociais. São por isso dadas orientações a vários níveis, que merecem ser refletidas.
Para quem ainda não conhece, não perde conhecer...

Modelo de avaliação da qualidade em creche:

http://www2.seg-social.pt/preview_documentos.asp?r=16679&m=PDF


Manual dos processos-chave em creche:
http://www2.seg-social.pt/preview_documentos.asp?r=16680&m=PDF
(Neste documento encontramos as orientações para a realização do Plano de Desenvolvimento Individual (PI) das crianças e o Projecto Pedagógico de sala)

Boas leituras,
Cláudia*

sábado, 3 de novembro de 2012

Eduardo Sá em Torres Vedras, 16/11

16 novembro | sexta-feira | 21h30
"Crianças à beira do nervoso miudinho", com Eduardo Sá
Projeto Conversas com Pais
Auditório do Edifício Paços do Concelho, Torres Vedras

destinatários | Pais, encarregados de educação, professores, educadores e comunidade educativa

"Os pais não servem como despertador. Adormecem de manhã, como todos nós, mas, ao mesmo tempo que levantam a persiana e nos chamam «Meu querido» e coisas assim, querem que, entre a cara lavada e os cereais despachados, façamos dos 0 aos 100 em poucos... minutos.
Os pais servem para imaginar que todas as crianças, ao chegarem à escola, são campeãs de felicidade.
Os pais servem, também, para nos ir buscar à escola. E nisso escapam! Mas, independentemente de nos apetecer limpar o pó ao mundo, perguntam (todos os dias!): «Correu bem a escola? e O que foi o almoço?», com tantos pormenores, e no meio de tanta inquietação, que nos provocam brancas e nos levam ao stress.
Nós gostamos dos pais. Desconfiamos que eles imaginam que passam pouco tempo connosco mas, se for para isto, não temos coragem para os contrariar. Afinal, nós sabemos que todas as pessoas de coração grande têm a cabeça quente.
E nunca pomos em dúvida que só o amor importa. Só não entendemos porque é que os pais tenham de ser esta canseira!
E achamos que, desta maneira, eles nos fazem nervoso miudinho."
Eduardo Sá

São estas questões associadas ao stress, às tarefas e pressões do dia-a-dia, que irão
ser debatidas e esclarecidas neste encontro com o Professor Eduardo Sá.

Eduardo Sá é psicólogo clínico, psicanalista, doutorado em psicologia clínica pela Universidade de Coimbra onde leciona essa disciplina, é também professor no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa. Tem uma longa experiência de acompanhamento de fetos e de bebés, de crianças, de adolescentes e das suas famílias. Diretor da Clínica Bebés & Crescidos. Tem colaborado regularmente na
imprensa, nomeadamente nas revistas XIS, do jornal Público, Adolescentes, e na
Notícias Magazine, do Diário de Notícias.
Publicou Manual de Instruções para uma família feliz, Más maneiras de sermos bons
pais, Psicologia dos pais e do brincar, A maternidade e o bebé, A vida não se aprende
nos livros, Tudo o que o amor não é, Chega-te a mim e deixa-te estar, Crianças para
sempre e, em coautoria, O melhor do mundo.

Esta iniciativa tem a parceria da Livraria Livrododia.


O Projeto Conversas com Pais enquadra-se numa tentativa de fazer face aos novos desafios sociais com que as famílias se deparam. A Câmara Municipal de Torres Vedras, em parceria com as Associações de Pais das escolas do concelho, promove sessões mensais para debater e dialogar sobre uma grande diversidade de temas de interesse na educação das crianças e jovens.

Sacos do Pão por Deus 2012

Aqui estão os saquinhos para o Pão por Deus da nossa sala! :)
E porque os tempos são de poupança, porque não realizá-los com amostras de tecidos cedidas pelas lojas do ramo? Foi o que fizemos e o resultado foi este!
 

As nossas broas do Pão por Deus

No dia 30 de Outubro confeccionámos broas para o Pão por Deus!

Os ingredientes das nossas broas


Com as mãos na massa :D
Hummm.... que cheirinho!